Esse blog é um espaço pedagógico para o diálogo, a discussão, o registro e a construção coletiva de um hipertexto sobre os temas abordados na disciplina de Planejamento Educacional do período 2010.2 o curso de Licenciatura em Pedagogia da UFPB.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Educação Infantil e Educação Especial sob o olhar do Plano Nacional de Educação
Francisca Jocineide
Geórgia
Maria da Conceição
Priscila

No diagnóstico, apresentamos uma concepção de educação infantil antes de sua legalização, sendo concebido como serviço de assistência social de cuidados físicos, e os inerentes à sobrevivência das crianças, principalmente na faixa etária de 0 a 3 anos. A outra concepção de educação infantil apresentada, é baseada em sua legalização nacional, que se caracteriza como componente educacional do nível de ensino da Educação Básica, que se destina ao atendimento de crianças de 0 a 6 anos com o objetivo de contribuir para seu desenvolvimento humano de “formação da inteligência e da personalidade.” (PNE p. 31). Em seguida destacamos algumas recomendações do Plano Nacional de Educação 2001 como metas a serem atingidas no decênio em que ele estiver em vigor.
Dentro desses aspectos apontamos pontos relevantes para uma análise atual como, a infraestrutura dos ambientes escolares (creches e pré-escolas) e os possíveis motivos da demanda para esse nível educacional. Consideramos que esse fenômeno se dê devido ao aumento da jornada de trabalho dos pais e mães, do aumento do número de famílias monoparentais e das pesquisas desenvolvidas sobre a importância dessa área.
No tópico Diretrizes, destacamos alguns documentos que regem a educação infantil no Brasil como, a mãe de todas as leis, a Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, que ampara legalmente as crianças e jovens em todos os âmbitos da vida inclusive o da educação, a lei maior da educação Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional 9.934 de 1996 e as Diretrizes Curriculares Nacionais de 1999, que apontam os princípios que norteiam a Educação Infantil.
Os pontos principais para análise foram, o estabelecimento de ensino, que antes eram instituições filantrópicas, associações comunitárias que recebiam apoio financeiro e “em alguns casos orientação pedagógica” (p.23), depois de sua legalização teve como recomendação “elaborar padrões mínimos de infraestrutura para o funcionamento adequado [...] respeitando as diversidades regionais, e que assegurem o atendimento das características das  distintas faixas etárias.” (p.32); e a formação do/a profissional da área, de acordo com o Plano Nacional de Educação “a qualificação específica para atuar na faixa de zero a seis anos inclui o conhecimento das bases científicas do desenvolvimento da criança, da produção de aprendizagens e a habilidade de reflexão sobre a prática. Requer-se também formação permanente” (p.30). Importante observar que antes da legalização, o trabalho era exercido por uma “cuidadora” para isso, só era necessário a mulher gostar de cuidar de crianças, desvalorizando a profissionalização docente e afirmando o discurso androcêntrico de relacionar as mulheres a questões emocionais e/ou ligadas à maternidade.
Segundo o PNE 2001, os dados sobre a Educação Especial no Brasil ainda eram muito imprecisos até aquele ano, pois ainda não se sabia nem a quantidade exata de pessoas com necessidades especiais que existiam no Brasil.
A Educação Inclusiva é um processo em que se amplia à participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos.
A Constituição Federal estabelece o direito de as pessoas com necessidades especiais receberem educação preferencialmente na rede de ensino regular (art.208,III). A diretriz atual é a da plena integração dessas pessoas em todas as áreas da sociedade. Trata-se, portanto, de duas questões- o direito á educação, comum a todas as pessoas, e o direito de receber essa educação sempre que possível junto com as demais pessoas nas escolas regulares.
A educação Especial, como modalidade de educação escolar, terá que ser promovida sistematicamente nos diferentes níveis de ensino. A garantia de vagas no ensino regular para os diversos graus e tipos de deficiência é uma medida importante. As escolas especiais devem ser enfatizadas quando as necessidades dos alunos assim o indicarem e as classes especiais, situadas nas escolas regulares, destinadas aos alunos parcialmente integrados, precisam contar com professores especializados e materiais pedagógicos adequados.
O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita integração. Propõe-se uma escola integradora, inclusiva, aberta á diversidade dos alunos, no que a participação da comunidade é fator essencial. Quanto as escolas especiais, a política de inclusão as reorienta para prestarem apoio aos programas de integração.


Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Casa Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm  acessado em 23 de setembro de 2010.
BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Casa Cicil.
BRASÍLIA. Resolução CEB Nº 1, DE 7 de abril DE 1999. Diário Oficial da União. p. 18 e 19. 1999. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/resolucao_ceb_0199.pdf
CERISARA, Ana Beatriz. O referencial curricular nacional para a educação infantil no contexto das reformas. Campinas: Edu. Soc. vol. 23 nº 80, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v23n80/12935.pdf
FARAH, Tânia. Estudo mostra que só 1% das creches são boas. São Paulo: O Globo, 2010. Disponível em: http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2010/06/15/estudo-mostra-que-so-1-das-creches-sao-boas-916881409.asp
PARAÍBA. Plano Nacional de Educação. Governo do Estado da Paraíba. João Pessoa-PB, 2001.
Portal IG 20.09.2010. Levantamento aponta que 4,4 milhões de crianças de 0 a 3 anos ficam sem creche no País. Disponível em: http://www.omep.org.br/VerTextosEsquerda.jsp?Codigo=244&Categoria=Noticias


11 comentários:

  1. Oii, meninas!!!

    Muito interessante como vocês abordaram o PNE na perspectiva da Educação Infantil e Especial.Porém é preciso que tenhamos cada vez mais debates sobre as necessidade de uma educação inclusiva e que preocupe-se também com a educação infantil, principalmente na estrutura das creches quanto à educação especial é necessário cada vez mais discussões sobre essa temática e todas as problemáticas a esse respeito para que tenhamos uma educação de qualidade e inclusiva aos alunos.

    Sawana Araújo- Pedagogia- Tarde

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  2. oi garotas!!!

    Concordo plenamente com vossa postagem e com as ressalvas da sawaaaaana,pois a base de nossa educação esta na infancia, e é começando um maior indice de investimento e dedicação nessas áres(infantil e especial) que pode encontrar-se a solução para o caos que esta a educação hoje. pois as crianças e pessoas com necessidades especias podem vir a preencher essas lacunas que há na educação brasileira.

    Valdinélia V. de Souza-10916526-pedagogia-tarde

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  3. A educação infantil e a especial ainda tem enfrentado grandes desafios.Sabe-se que existe políticas públicas e educacionais para ajudar a melhorar o ensino nessas duas aréas abordadas,porém,ainda falta eficiência para conseguir alcançar o objetivo desejado.
    Ana Patrícia-grupo2-turma vespertina

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  4. Muito bem colocado a educação inclusiva, as políticas públicas estão cada vez mais se concretizando em relação as necessidades que as escolas tem de incluir pessoas especiais na sala de aula. Mas que na realidade ainda falta muito chegar diante desse discurso faltam escolas bem preparadas e que dê continuidade a esse processo de inclusão.
    Williane Machado/ tarde/ pedagogia

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  5. Adorei o trabalho de vocês.

    É sabido que a educação infantil vem ultrapassando uma serie de desafios, nos quais estão relacionados as estruturas das escolas, capacitação de professores, políticas públicas que assegurem os direitos de pessoas deficientes, etc. Mas fale salientar que para que ocorra avanços significativos faz-se necessário uma política que priorize tanto o espaço físico quanto a formação e professores, pois de nada adiante uma escola estruturada com um déficit no aspecto educacional, dessa forma cabe aos governos repensarem sobre como de fato vem se efetivando essa educação e quais objetivos buscam atingir. Será que de fato essa proposta inclui? Ou legitima ainda mais a exclusão do individuo?


    Jéssica Gonçalo de Sousa- 02

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  6. Concordando com Sawana, precisamos mesmo de mais debates a respeito da inclusão. Vivemos em uma era denominada Inclusão. Em teoria, estaríamos quase que 100% atingindo a meta. Porém de fato, encaminhamos para uma pré-inclusão, onde a prática não ocorre como planejado. Não somos ainda dignos de ser chamados de inclusores sociais. Devemos começar por nós mesmos, críticos das regras sociais, expondo nossas reivindicações e ideias, a fim de propiciar a mudança. ^^ Abraços e Parabéns ao Grupo!

    Arani Mayara/ CE 304/Pedagogia/ Tarde/ 10916535

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  7. Sabemos que é através da Educação que adiquirimos valores, aprendemos a respeitar as outras pessoas com quem convivemos. A escola como segundo âmbito educacional deve atender todas as necessidades de sua comunidade. Portanto, a Educação Infantil tem importante papel nesta construção humana, tendo em vista que a Educação Infantil e a base de toda a Educação.
    Aliny Emanoela Carvalho

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  8. Muito interessante, o trabalho mostra a visão de que a educação especial vem ultrapassando grandes desafios e garantindo grandes espaço na educação, porém ainda se encontram problemas, mas a importância de garantir um estudo e acompanhamento especializado para essas crianças e jovens vem mais forte e as poucos percebemos essa evolução. Polliana Marques

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  9. O trabalho mostra a importância da educação infantil para o desenvolvimento educacional. Investir cedo nas crianças trás um retorno mais significativo no futuro, pois estabelece a base para todas as outras fases do ensino.

    Pedagogia tarde
    SUZETE MARQUES

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  10. Sem dúvida a Educação Infantil é uma das etapas mais importantes na vida de uma criança .Pois é nessa fase que se constroem valores mais significativos para a construção da educação humana.

    Maria Gorete, Vespertino.

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  11. Sem duvidas que se fazem necessarios mais debates sobre a educação inclusiva, é necessario a capacitação de educadores para promoverem a inserção delas no ambiente escolar.

    Merielle Carneiro

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